sábado, 12 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011




Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta
Lema: "A criação geme em dores de parto" (Rm 8, 22)

OBJETIVO GERAL

Contribuir para o aprofundamento do debate e busca de caminhos de superação dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições da vida no planeta.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Viabilizar meios para a formação da consciência ambiental em relação ao problema do aquecimento global e identificar responsabilidades e implicações éticas.

2. Promover a discussão sobre os problemas ambientais com foco no aquecimento global.

3. Mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e articular a realidade local e regional com o contexto nacional e planetário.

4. Trocar experiências e propor caminhos para a superação dos problemas ambientais relacionados ao aquecimento global.

ESTRATÉGIAS

1. Denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.

2. Propor atitudes, comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente.

3. Mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento global.
Fonte: CNBB

Carta do Cacique Seatlle ao Presidente dos Estados Unidos




Cacique Seattle:

“O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. Como se pode comprar ou vender o céu ou o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode, então, comprá-los de nós? Toda essa terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e nas crenças do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Porque ele é
um estranho que vem de noite e rouba a terra e tudo quanto necessita. A terra não é sua
irmã, nem sua amiga e, depois de exauri-la, vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu
pai, sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados
e o direito dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos.
Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim
por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende...
Nós não podemos encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem o lugar onde se
possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem
sob o peso da vergonha. E, depois da derrota, passam o tempo em ócio e envenenam o
seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes... O homem branco talvez
venha um dia a descobrir que o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele quer bem da mesma
maneira ao homem branco como ao vermelho. A terra é amada por Ele. Causar dano à
terra é demonstrar desprezo pelo seu Criador. O homem branco também vai
desaparecer, talvez mais depressa que as outras raças. Continua sugando a sua própria
cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios desejos”.
(Alguns trechos de uma carta, bem maior, escrita em 1855).

O programa de vida de consagração dos/das religiosos/as à luz da bíblia



O significado bíblico do verbo hebraico “qâdash” e do verbo grego “haghiázô” é passado para o português principalmente através dos verbos latinos “sanctificare” e “consecrare”. O termo “santo e consagrado”, derivado do latim, tem um sentido que corresponde ao hebraico “qâdoch” e ao grego “hághios”.
A primeira vista poderia parecer abusiva à atribuição das formas: consagrado ou vida consagrada a um determinado grupo de fieis, dado que, segundo a Bíblia, todos na Igreja têm o direito-dever de viver como santos ou consagrados, conduzindo uma vida santa ou uma vida consagrada. Todavia, examinando com a devida atenção a questão da linguagem e dos conceitos bíblicos, se podem constatar as improcedências de tal raciocínio.
Na Bíblia, a santidade ou a consagração tem uma grande variedade de expressões e de aspectos. Este não é um conceito monolítico ou monocromático, para atribuir ou para negar, as coisas ou as pessoas, mas sempre em modo unívoco.
No sentido mais original e radical, ou seja, em sentido absoluto, o termo “santo” deve ser aplicado unicamente a Deus, que já no Antigo Testamento Ele se revela como o “Santo, Santo, Santo” (Is 6,3). Deus é santo por si mesmo e é também o princípio de toda santidade e de toda consagração. As pessoas humanas e as criaturas são santas ou consagradas pela ação santificadora de Deus, ou seja, pela irradiação da Sua santidade.
Na revelação do Novo Testamento, o hino “Santo, Santo, Santo” com o qual os serafins louvam a Deus, adquire um sentido trinitário e torna-se “Padre Santo, Cristo Santo e Espírito Santo”. O triságio se faz trinitário e cristológico. Deus Pai, por meio de Cristo e no Espírito Santo é a causa e a fonte de toda santidade e de toda consagração.
A santidade das criaturas é sempre derivada. Esta é o efeito da irradiação do Deus Santo (cf. Ex 3,5). A irradiação da santidade de Deus sobre as pessoas humanas e sobre as coisas é variada e multíplice. Esta depende, em última instância, da autônoma vontade de cada um.
Segundo a Bíblia, é legitimo falar de terra santa, de cidade santa, de templo ou lugar santo e de santo dos santos (Ex 26,34). Cada uma destas realidades pode ser chamada “santa”, mas ao seu modo, com as suas características e com seus limites. O uso e o escopo de tal apelativo devem ser valorizados à luz do contexto. O uso genérico e comum do termo, aplicável a todas as partes (pontos, cidades e lugares) do território da Palestina e Israel, não tira a legitimidade de um uso especifico da palavra (cidade santa ou lugar santo).
Também quando é aplicado às pessoas, o conceito oferece a variedade e a gradualidade da analogia. Na revelação do Antigo Testamento, todo o povo de Deus era “santo” e todos os israelitas tinham o direito-dever de ser santos (cf. Lv 20,26), mas não todos deviam ser “santos” ou “consagrados” no sentido, por exemplo, dos nazireus (cf. Nm 6), de Jeremias (Jr 1,5), ou de Isaias (Is 61,1). Quando Moisés foi injustamente criticado em nome de um senso monolítico da santidade (Nm 16,3: “Basta… Toda a comunidade, todos são santos”), o Senhor tomou a sua defesa, fazendo saber que Moisés, por especial vocação, era “santo” ou “escolhido” em modo particular (cf. Nm 16,5. 28; Ecle 45, 4).
Mesmo em nome da revelação do Novo Testamento se pode impor um uso monolítico do termo. Para Paulo, por exemplo, cada mulher cristã tem o direito-dever de ser “santa”, mas não no sentido especial de “santa no corpo e no espírito” (1Cor 7,34), próprio daqueles que, em uma vida de castidade consagrada, se empenham de ter como único esposo Cristo Senhor.
Para mostrar o elemento divino e o elemento humano da consagração dos seres humanos, se usa uma dupla formula teológica: “consagração passiva” e “consagração ativa”. A consagração passiva é aquela na qual a pessoa humana é sujeito passivo, enquanto Deus é o sujeito agente: a pessoa humana é consagrada a Deus, ou seja, Deus consagra a pessoa humana. A consagração ativa é aquela na qual o sujeito agente é a pessoa humana, que se consagra a Deus. A consagração é um mistério: é o resultado da iniciativa divina e da colaboração humana. A prioridade, do ponto de vista bíblico e teológico, corresponde sempre a Deus.
A consagração passiva tem sempre um caráter prioritário de Deus. Pode ser expressa com outras formas significativas: a pessoa humana é escolhida, eleita, separada, ungida, compreendida por Deus. Mais freqüente é o uso de outras formas similares para a consagração ativa: a pessoa humana se empenha totalmente, se esvazia, se doa, se entrega, se oferece, faz oblação de si mesma a Deus.
Cristo, o Verbo de Deus Encarnado, o homem perfeito, além do Filho do Pai, é o consagrado por excelência, tanto no sentido passivo, como no sentido ativo da expressão. Cristo foi consagrado no supremo dos modos por Deus Pai (cf. Jo 10,36; At 10,38), e Ele, acolhendo tal consagração, se consagrou no supremo dos modos ao mesmo Deus Pai (cf. Jo 17,19). Escolhendo, na docilidade ao Pai, a forma de vida consagrada, revelou os valores mais genuínos da consagração religiosa total.
Por iniciativa do Pai, Cristo, consagrou os apóstolos, escolhendo-os para uma forma de vida especial (Jo 15,16). Acolhendo a consagração de Cristo, estes se consagraram a Ele, deixando tudo para viver com Ele, como Ele e para Ele.
Desta prospectiva bíblica se pode ter uma visão harmônica da identidade e da missão da consagração religiosa total na Igreja. É principalmente sobre a base da existência e das características da figura bíblica de Jesus de Nazaré e da figura bíblica dos apóstolos que se apóia a doutrina dos orientamentos da Tradição, do Concilio e do Magistério pós-conciliar sobre a consagração religiosa total, e em particular, sobre a dimensão cristológica. A figura de Jesus, supremo consagrado, e a figura dos apóstolos, chamados com especial vocação e consagrados com peculiar titulo, é um ponto de referência indispensável para poder determinar o lugar da consagração religiosa total na Igreja e no mundo. Os consagrados religiosos professam uma forma de vida que manifesta uma particular semelhança, e exprime uma especial participação à forma de vida consagrada de Jesus e dos apóstolos, que, deixando tudo, o seguiram.
Os consagrados religiosos não são toda a Igreja e nem mesmo constituem uma Igreja a parte: é uma parte especial da Igreja, são os fieis que, no interno da comunhão da Igreja santa ou da Igreja dos consagrados, vivem em família o dom e o compromisso de uma peculiar consagração, que possui um caráter eminentemente cristológico. Os consagrados religiosos têm uma identidade própria na Igreja-Sacramento: são a epifania do Cristo Consagrado, enquanto, segundo cada carisma, eles mostram ao mundo o rosto de Cristo obediente, casto, pobre e totalmente dedicado ao Pai e às coisas do Pai.

oi

Boa noite!

Saudação especial!

Minha saudação aos poetas e poetisas que me informam estar acompanhado meu blog e trabalho!

Muito grato!