quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Visitando a Feira do Livro Porto Alegre 2010

Estive sexta passada (29/10)  na Feira do Livro de Porto Alegre, que está em sua 56ª edição. Passei por diversas bancas de livros, reencontrei pessoas amigas, conversamos sobre livros e leituras.
Percorrendo por entres tantas pessoas e bancas, manuseando um livro e outro, cheguei a triste conclusão do quanto tenho lido pouco. Existem tantas leituras interessantes e eu não consigo dar conta nem dos livros básicos da faculdade. Estamos vivendo numa realidade de corrida contra o tempo, e é esse um dos fatores que me impedem mais leituras. Sinto saudade do meu tempo de infância, quando na escola e em casa, eu era um leitor assíduo. Tanto que na escola a professora Eloína Rodrigues chegou a chamar minha mãe para conversar, porque eu estava lendo muito, inclusive nos momentos de recreio. Pois bem, foi com a mesma professora Eloína, e com colegas, que fui pela primeira vez à Feira do Livro de Porto Alegre. Lembro com carinho e muita saudade da leitura, dentro das atividades para a visita à Feira, de um trabalho que tive que fazer de um livro que acabei escolhendo, entre tantas opções: Maneco Caneco Chapéu de Funil. Trata-se da estória de vários objetos cansados de não fazer nada, que saem em busca de aventura.



Entre tantas lembranças que me veio, uma outra foi a da leitura de um livro de Charles Kiefer no ensino médio: Caminhando na Chuva. Uma história sem fim, na qual o leitor se delicia com um banquete de belas palavras que nos tocam e nos fazem entrar totalmente no clima do livro. Charles Kiefer realmente não escreveu o final do livro pra deixar um vazio ainda maior na cabeça do leitor. Mas no meu caso a professora de literatura, Nancy, pediu para eu escrever um final para esse livro e depois de ler o que escrevi, sugeriu que eu participasse de oficinas de literatura pois via em mim um futuro escritor. Pena que não segui o conselho dela... Voltando ao Caminhando na Chuva de Kiefer, o livro trata da história de um homem, que teve uma infância muito difícil, seus pais eram pobres e ele sofria muito de preconceito, principalmente depois quando conseguiu bolsa em uma escola particular, apesar de tudo ele era feliz, vivia no sítio de seu avô; porém este era muito machista e conservador, assim como o resto das pessoas naquela época. Por isso que desde criança gostava de caminhar pelas ruas da cidade em dia de chuva, pois estava sozinho, podia demonstrar seus sentimentos com a intensidade que desejasse, ninguém ia repreendê-lo.Quando tinha 14 anos, e que tinha acabado de chegar na nova escola, ele conhceu uma menina, se apaixonou, ela também, porém ele era pobre e ela era rica, e novamente o preconceito.Depois de acabarem o colegial, aquela paixão ainda persistia, e o pai da menina mandou-a a Porto Alegre para estudar.E a personagem principal sem nome, estava ali, cheio de dúvidas e tristeza, ele resolve então seguir o caminho da esperança e vai à Porto Alegre, pois algum dia ele ainda vai encontrar ela, vai ter um bom emprego e eles vão para Paris viver sua paixão sem preconceito.
A Feira do Livro me trouxe muitos sentimentos e lembranças que me emocionam e animam e também me dão vontade de ler todos os livros, pena que não há como... 
Uma outra constatação: muitos livros a preços bem em conta, mas no geral ainda os preços bem altos. 
Ainda registro meu apoio a AGEI: Associação para autores que publicam seus livros de forma independente, sem o intermédio de editoras. 

E você? Já foi à Feira do Livro? O que tem a contar sobre sua experiência com livros, leituras e a Feira do Livro de Porto Alegre ou de outras cidades? Escreva e envie para este blog. Farei questão de publicar sua partilha.

Abração!