domingo, 17 de julho de 2011

Origem e sentido do matrimônio... (corrigido)

Dilvano Westenhofer Brum * Publicado em 2004.




Bastou um desejo no coração de Deus (no Antigo Testamento: JAVÉ) para ele decidir criar o universo e tudo o que,neste, existe. E surgiu a primeira ordem do mundo: faça-se! E tudo foi feito. E Deus, é claro, fez tudo direitinho, cada coisa no seu lugar e com função específica. E não deixou nada faltar.

Quanto a criação do homem, a linguagem usada no livro de Gênesis narra que, para criá-lo, Deus juntou um punhado de barro (ou lama, dependendo da tradução), moldou este barro e soprou nele. Assim fez surgir a vida ao homem. Tal maneira poética de descrição, quer ensinar em outras palavras que, Deus nos molda de acordo com sua benignidade e se nos deixarmos moldar por ele, tudo em nossa existência, será bem melhor. O barro, é sinal da fragilidade humana, expressa a necessidade que o humano tem do divino. Aquele sopro foi o sinal de vitalidade e vigor, um impulso à existência.

Mais adiante, percebemos que Deus preocupou-se com a felicidade humana. O homem, sozinho, sem alguém da sua espécie, ficou muito triste. Só, fica deprimido. E aqui constatamos o primeiro caso de solidão, tristeza e depressão de que temos registro. Mas, como sempre, Deus dá um jeito. Num dado momento, faz o homem adormecer (olha o primeiro soninho aí!) e, de uma das costelas do homem, cria a mulher. Acordado, o homem vê-se acompanhado. A solidão foi embora quando a mulher chegou.

A mulher começou a existir. Todavia, daquele momento em diante, o homem teve de aprender a arte de conviver. Teve de aprender muito sobre renúncia e saber ceder em muitos momentos. Não deve ter sido fácil para o homem. O fato de a mulher ter sido formada de sua costela, denotava que, em dignidade e importância, ele não estava abaixo, e nem acima dela. Realidade, que quase certo, deve ter incomodado um pouco o homem nos seus primeiros meses de convívio a dois. Mas sem a mulher seria pior.

Dessa experiência, entre erros e acertos, nasce o primeiro caso de amor humano e o primeiro casamento que a história conheceu e registrou. Isso tudo, claro, visto com os olhos da fé. Assim, a vida daquele casal, unido pelos vínculos do amor, e com toda a conseqüência que o amor traz, tornou-se um testemunho real do amor divino pela humanidade.

O sentido do matrimônio, pois, consiste na busca da realização da felicidade do outro. Consiste sim, numa renúncia de si mesmo a favor do ser amado. Optar por uma vida conjugal e vivê-la em plenitude, é tornar-se como uma vela que, para iluminar os que estão a sua volta, gasta-se a si própria, sem esperar recompensa alguma.

Conviver com o outro é uma questão de arte. Viver para o outro é uma questão de amor.

Só consegue ser feliz quem ama e deixa-se amar. A vida matrimonial é uma maneira santificar-se e de santificar o outro. É uma maneira específica de viver o chamado (vocação) fundamental ao amor.

Origem e sentido do matrimônio...

Dilvano Westenhofer Brum * Publicado em 2004.




Bastou um desejo no coração de Deus (no Antigo Testamento: JAVÉ) para ele decidir criar o universo e tudo o que,neste, existe. E surgiu a primeira ordem do mundo: faça-se! E tudo foi feito. E Deus, é claro, fez tudo direitinho, cada coisa no seu lugar e com função específica. E não deixou nada faltar.

Quanto a criação do homem, a linguagem usada no livro de Gênesis narra que, para criá-lo, Deus juntou um punhado de barro (ou lama, dependendo da tradução), moldou este barro e soprou nele. Assim fez surgir a vida ao homem. Tal maneira poética de descrição, quer ensinar em outras palavras que, Deus nos molda de acordo com sua benignidade e se nos deixarmos moldar por ele, tudo em nossa existência, será bem melhor. O barro, é sinal da fragilidade humana, expressa a necessidade que o humano tem do divino. Aquele sopro foi o sinal de vitalidade e vigor, um impulso à existência.

Mais adiante, percebemos que Deus preocupou-se com a felicidade humana. O homem, sozinho, sem alguém da sua espécie, ficou muito triste. Só, fica deprimido. E aqui constatamos o primeiro caso de solidão, tristeza e depressão de que temos registro. Mas, como sempre, Deus dá um jeito. Num dado momento, faz o homem adormecer (olha o primeiro soninho aí!) e, de uma das costelas do homem, cria a mulher. Acordado, o homem vê-se acompanhado. A solidão foi embora quando a mulher chegou.

A mulher começou a existir. Todavia, daquele momento em diante, o homem teve de aprender a arte de conviver. Teve de aprender muito sobre renúncia e saber ceder em muitos momentos. Não deve ter sido fácil para o homem. O fato de a mulher ter sido formada de sua costela, denotava que, em dignidade e importância, ele não estava abaixo, e nem acima dela. Realidade, que quase certo, deve ter incomodado um pouco o homem nos seus primeiros meses de convívio a dois. Mas sem a mulher seria pior.

Dessa experiência, entre erros e acertos, nasce o primeiro caso de amor humano e o primeiro casamento que a história conheceu e registrou. Isso tudo, claro, visto com os olhos da fé. Assim, a vida daquele casal, unido pelos vínculos do amor, e com toda a conseqüência que o amor traz, tornou-se um testemunho real do amor divino pela humanidade.

O sentido do matrimônio, pois, consiste na busca da realização da felicidade do outro. Consiste sim, numa renúncia de si mesmo a favor do ser amado. Optar por uma vida conjugal e vivê-la em plenitude, é tornar-se como uma vela que, para iluminar os que estão a sua volta, gasta-se a si própria, sem esperar recompensa alguma.

Conviver com o outro é uma questão de arte. Viver para o outro é uma questão de amor.

Só consegue ser feliz quem ama e deixa-se amar. A vida matrimonial é uma maneira santificar-se e de santificar o outro. É uma maneira específica de viver o chamado (vocação) fundamental ao amor.

Amar pode dar certo...

Cada dia mais, nós vemos pessoas aceitando passivamente a solidão como sua inevitável companheira. É importante que ao invés de nos decepcionarmos com o Amor, nos questionemos da nossa forma de amar, sobre as estruturas das relações amorosas e sobre os objetivos que se tem quando se vive com alguém. O amor é a fonte de nossas experiências de êxtase. O amor supõe trabalho e arte. É verdade que nascemos com imensas potencialidades de amar, mas também somos herdeiros de distorções culturais poderosas, que dificultam a grande experiência do amor. O amor é a relação básica do ser humano. Somente por ele se expande o sistema da vida e se alarga a percepção do sentido da totalidade. Os maiores inimigos do amor são o medo a e a indiferença. A arte do cultivo amoroso supõe ternura, percepção do detalhe e valorização do universo simbólico. Sem símbolos de afeição não há encontro de amor. As pessoas sempre procuram nos outros e na vida a confirmação do que elas acreditam e, infelizmente, têm andando bem desesperançadas no amor, como se a insatisfação fosse inevitável. O amor não perdoa quando não encontramos um jeito de realizá-lo. Sua ausência atrapalha nossa vida até que paremos e comecemos a refletir num jeito de realizá-lo. O amor é uma energia que cresce dentro de nós e nos convida a estar com o outro. No amor é necessário desenvolver um treinamento para viver junto a alguém. O ato de amar só pode ser desenvolvido com disciplina, humildade e coragem. Para alcançar o amor é preciso, com muita humildade, manter disciplina e carinho para com nossos atos de amor, como se conhecêssemos muito pouco deles. Saber amar é estar atualizado com os próprios desejos, com os desejos do parceiro e com a maneira mais adequada e especial de concretizá-los. Para amar alguém, da forma como se apresenta, e não viver procurando um ser ilusório, o único caminho é nos encontrarmos em nós mesmos, naquilo que realmente somos. E procurar averiguar se a pessoa que estamos buscando pode existir, de fato, ou se faz parte das nossas fantasias, como um príncipe. “Eu era apenas um botão, pronto para desabrochar, e ninguém percebeu isso. Nem mesmo eu, que estava preocupada em esconder-me.”Quem quer viver um grande amor, necessita aprender a ver o que existe de concreto, de fato. Para que as dúvidas sejam desfeitas e a realidade apareça, o mais indicado é conversarem diretamente sobre estas dúvidas. Exigir um amor linear, constante, do parceiro é empurrá-lo para longe de si. E se obrigar a isso é se desajustar consigo mesmo. Exigir do parceiro a perfeição, como se todas as nossas ações fossem coerentes, é uma atitude que desgasta a relação. Uma relação consistente é formada de coisas simples e de atos delicados. Ser inesquecível para alguém, no amor, é algo que se consegue sendo verdadeiro. Os amores não aprecem prontos, mas são construídos a dois. É muito proveitoso que você descubra pontos comuns, ou as características similares que estiverem presentes em todos os seus relacionamentos fracassados. Deve-se observar com atenção seus comportamentos e ver se eles são compatíveis com alguém que, realmente, deseja ser feliz numa relação de amor. O amor não é complicado, as pessoas é que são complicadas. Para caminhar em busca do crescimento no amor também se faz necessário pensar. Constatamos a realidade, checamos as crenças e fazemos uma análise do que está acontecendo, no âmbito dos fatos, mas sem desconsiderar as fases anteriores. Após o pensar surge o momento da decisão. É bom lembrar que todas as atitudes adotadas numa relação terão conseqüências, positivas ou negativas. Existe um tripé de sustentação para que um homem e uma mulher vivam plenamente uma relação de amor. O amor é para ser vivido a dois, e à medida que alguém o permite, com simplicidade, sem exigir perfeição, ele vai sendo aprimorado. Não espere que o outro dê tudo o que você necessita, mas, sim, crie o amor, e o crescimento então virá. Para que cada um de nós possa realmente conhecer o amor, é precisoa coragem de ser e de deixar o outro ser. É importante conhecer as várias fases de um relacionamento e estar atento a elas. O passado é passado. O futuro será uma conseqüência de como você vive hoje. O único tempo real é o presente. O importante é usar o passado como fonte de experiências, programar o futuro e viver o presente consciente de que o momento de ser feliz é agora. Quando não conseguimos, por nós próprios, encontrar o ponto em que estamos bloqueados para amar, então é bom fazer terapia. Psicoterapia pode ser um ótimo recurso, desde que se admita que a responsabilidade pelas decisões e condutas pertence a cada um, e que o terapeuta é alguém que tem como papel ajudar nas reflexões. As possibilidades de mudanças são infinitas, mas desde que seja feito algo para que isso ocorra. Para que haja mudanças, supõe-se que cada um altere algum comportamento. Esperar mudança sem fazer nada é a pior maneira de sofrer inutilmente. Falar de amor é transmitir, em palavras ou gestos, o sentimento que está dentro de cada um de nós. Cada um deve expressar da sua forma, com suas palavras, do seu jeito, seja ele qual for, o sentimento de amor que está trancado em seu ser e permitir que slgumas pessoas passem a conhecer essa beleza.

A pessoa que sou faz toda a diferença