Poesia de Ir. Cristina, FMA.
Quando o silêncio irrompeu altivo
E o recinto esvaziado foi
Encontrei no canto da sala recolhido e sóbrio
O velho intacto brinco dourado
Uma antiga jóia guardada
Presente de minha avó amada
Que eu esfumacei da lembrança
A antiga jóia não mais polida
Repousava solitária no empoeirado porta-jóias da emoção
No canto escuro da consciência
No aposento escondido do esquecido.
Ao passar distraída
Quebrei a tampa da caixa antes perdida
E me feri com os estilhaços amados
Banhada em sangue vertido
A querida jóia esquecida
Emergiu do silêncio, escapou do caos.
Recupero a beleza escondida
Que são os sonhos da vida
E mesmo que a mantenha escondida
Com a alma em cacos dividida
A antiga jóia não mais polida
Brilha ainda que empalidecida
Brilham os sonhos que guardei no porta-jóias
Que guardei desde menina.
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